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Motocross: Rui Gonçalves entusiasmou em Águeda

Rui Gonçalves proporcionou bons momentos de satisfação ao adeptos nacionais, pois em Águeda comandou o pelotão da classe MX1 durante metade da segunda manga. O piloto transmontano conquistou um expressivo 4.º lugar neste G.P. de Portugal, com os pontos correspondentes aos 7.º e 3.º postos nas duas corridas.

A prova portuguesa – a sexta pontuável para o Campeonato do Mundo de Motocross – foi bastante lucrativa para Rui Gonçalves, visto que também subiu um lugar na tabela do Campeonato, no qual ocupa agora a 6.ª posição. Um desfecho particularmente saudado pelo público nacional, com cerca de catorze mil espectadores presentes no Crossódromo do GICA a puxarem de forma entusiástica pelo melhor representante luso, nomeadamente quando encabeçou o pelotão da “classe-rainha”.

Rui Gonçalves teve de aplicar-se para superar um posicionamento menos favorável na grelha de partida, apenas 11.º entre 36 concorrentes, porque logo na primeira volta da corrida de qualificação ficou com o disco de travão dianteiro empenado, eventualmente devido a pedra projectada por outro concorrente. Com tal limitação a nível de travagem, o piloto de Vidago fez o que pode para obter um resultado satisfatório.

Hoje, na primeira manga rodou em 6.º durante a maior parte do tempo, mas na décima quinta das 21 voltas desceu ao 7.º lugar em que terminaria, a 37,3s do primeiro classificado. “O arranque foi menos conseguido, e depois envolvi-me em luta com alguns pilotos,” afirmou Gonçalves, acrescentando ainda que teve “um problema com o “ralenti” da moto. Por isso mesmo, na segunda manga alinhei com a outra moto que tínhamos para este GP.”

Na segunda manga Rui Gonçalves arrancou que nem foguete para fazer o “holeshot”, ou seja, enfrentar a primeira curva na liderança. Durante cerca de 20 minutos – sensivelmente metade da prova – o transmontano levou ao rubro a sua “aficcion” com exibição de grande categoria. Depois, à décima volta seria finalmente ultrapassado por Clement Desalle, e duas voltas depois por Antonio Cairoli. Gonçalves sustentou a 3.ª posição até final, terminando a 23,5s do vencedor. O belga Desalle bisou o triunfo em Águeda, após dois grandes duelos com Cairoli – as diferenças finais entre eles cifraram-se em 0,3s e 1,6s, respectivamente.

“Fiz um belo arranque e liderei durante muito tempo. Depois fui ultrapassado por Clement e Cairoli, que estavam a andar muito rápido. Vi que não conseguia apanhá-los e então apostei em assegurar o 3.º lugar. É um bom resultado diante de um público fantástico, que me transmite sempre muita energia,” disse Gonçalves. Quanto ao Campeonato, e à sua adaptação à Honda, o piloto considera que “temos uma base muito positiva, restando trabalhar durante a semana para evoluir e dar o máximo.”

Mais três pilotos portugueses participaram nas corridas de MX1, com meritório desempenho. O actual campeão nacional, Luís Correia, foi 16.º na primeira manga – mas andou meia-corrida em 14.º – e na segunda saída à pista foi 19.º classificado, sempre a uma volta do vencedor. Ainda, refira-se que o piloto ribatejano não estava nas melhores condições físicas, pois surgiu em Águeda bastante constipado.

Mais atrás, Hugo Basaúla também rodou durante muito tempo em 16.º na manga de abertura, mas na penúltima volta baixou para o definitivo 18.º posto. Na restante corrida “Basa” foi 23.º colocado. Quanto a Sandro Marcos, foi respectivamente 24.º e 25.º classificado, já com duas voltas de atraso.

Na classe MX2 competiu um piloto nacional, Ivo Fernandes, que na qualificação conseguiu o 21.º posto para a grelha, entre 34 pilotos. Porém, foi tocado pelo azar logo na volta inaugural da primeira manga, pois caíu e lesionou um joelho, ficando assim impossibilitado de participar na outra corrida.

Campeonato MX1: 1.º Clement Desalle (Suzuki) 249 pontos; 2.º Antonio Cairoli (KTM) 237; 3.º Steven Frossard (Yamaha) 213; 4.º Maximilian Nagl (KTM) 192; 5.º Evgeny Bobryshev (Honda) 177; 6.º Rui Gonçalves (Honda) 167; etc.


Paulo Alberto em destaque

Paulo Alberto teve bom desempenho em Águeda, na prova do Campeonato da Europa MX2. No Sábado um mau arranque condicionou o resultado na primeira corrida, mas hoje Alberto alcançou um bom 4.º lugar na segunda manga.

Único lusitano a conseguir qualificação para as corridas desta terceira jornada do EMX2, Paulo Alberto patenteou o seu bom momento de forma na pista bairradina. Todavia, um péssimo arranque na manga inaugural, disputada ainda na tarde de ontem, fez com que inicialmente surgisse mal posicionado. Após a primeira volta era apenas 31.º, mas o piloto de Leiria aplicou um ritmo forte e recuperou até ao 16.º lugar final, mesmo com queda pelo meio.

Hoje o resultado foi bastante melhor, porque Alberto saíu bem da grelha e instalou-se no 5.º posto. Na quarta volta passou a ser 4.º, mantendo a posição até ao final das quinze voltas ao traçado. O lusitano terminou a 34,5s do vencedor, outra vez Dylan Fernandis, mas apenas a 1,8s do segundo classificado, e a 1,3s do terceiro.

Entre 53 pilotos, os outros seis portugueses presentes nesta categoria falharam o desejado apuramento. Nas séries qualificativas, no Grupo A Jorge Maricato nem chegou a aquecer, pois desistiu na volta de reconhecimento, lesionado em queda resultante de problema mecânico na moto. Por sua vez, Henrique Nogueira e João Vivas andaram colados, sendo 23.º e 24.º classificados. No Grupo B, Sandro Peixe foi o nosso melhor representante, ao obter o 17.º posto, Daniel Pinto o 19.º e Pedro Carvalho 23.º, este com uma queda logo na fase inicial.

A “Last Chance” apurava mais oito pilotos e Sandro Peixe esteve perto de atingir esse objectivo, pois concluiu a função no 10.º lugar. Mais atrás, Nogueira era 15º, logo seguido por Carvalho e Pinto, sendo Vivas o 19.º colocado.

Campeonato: 1.º Romain Febvre (KTM) 111 pontos; 2.º Charles Lefrancois (Honda) 96; 3.º Aleksandr Tonkov (Yamaha) 82; 4.º Jens Getteman (Yamaha) 79; 5.º Dylan Ferrandis (Kawasaki) 75; … 20.º Paulo Alberto (Suzuki) 23; etc.

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