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Campeonato Nacional de Motocross ao detalhe

Luís Correia campeão invicto

Já virtual campeão desde a prova anterior, Luís Correia terminou o “Nacional” de Motocross absolutamente invicto na categoria Elite. O êxito final aconteceu na pista de Fernão Joanes, perto da Guarda, onde Paulo Alberto assegurou a conquista do título na classe MX2.

A sexta e derradeira jornada do Campeonato Nacional de Motocross na categoria Elite, bem assim como nas classes MX1 e MX2, teve lugar no Crossódromo das Lajes, em Fernão Joanes, a 15 Km da Guarda. Compareceram para a função 42 pilotos seniores, e mais 18 do escalão Iniciados, a competirem neste Domingo perante cerca de 2500 espectadores.

Luís Correia já tinha antecipado a conquista dos títulos Elite e MX1, pelo que o piloto ribatejano teve nesta prova beirã uma jornada de consagração. No entanto, aproveitou para terminar absolutamente invicto na categoria Elite, pois ganhou as seis corridas disputadas durante a época, enquanto na classe MX1 só falhou a vitória numa manga.

Por outro lado, Paulo Alberto alcançou o seu primeiro título sénior de Motocross, ao levar a melhor na classe MX2, na qual dominou sem contestação esta corrida final em Fernão Joanes.

Na manga MX2, precisamente, Paulo Alberto foi o único comandante, ganhando progressiva vantagem sobre a concorrência para terminar com esclarecedores 49,8s segundos de vantagem sobre Sandro Peixe. Este também rodou sozinho desde cedo, enquanto Daniel Pinto recuperou de arranque pouco eficaz até ascender ao 3.º lugar em que terminaria. Na mesma volta do vencedor acabaram ainda Fábio Maricato, Henrique Nogueira e João Vivas.

Na manga MX1, Luís Correia esteve imperturbável para somar mais um triunfo. Se nas duas primeiras voltas Hugo Santos ainda comandou o pelotão, a seguir foi desalojado da liderança por Correia. Este acabou por vencer com 25s de vantagem sobre o segundo classificado, Sandro Marcos. Hugo Santos completou o pódio, explorando também uma queda de Hugo Basaúla a meio da corrida, quando ocupava o 3.º lugar. Nota ainda para o 5.º lugar do campeão de Todo-Terreno, Mário Patrão.

final Elite foi bastante movimentada, porque se Luís Correia voltou a arrancar na frente, caíu após um par de voltas e baixou à 4.ª posição. O ribatejano da Moçarria teve de aplicar-se na recuperação, e conseguiu mesmo ganhar a corrida, mas apenas com 7,2s de vantagem sobre Hugo Basaúla, que bateu Sandro Marcos também na luta pelo título de vice-campeão Elite e MX1. Nélson Silva foi o 4.º classificado, seguido de Hugo Santos e Paulo Alberto, este o melhor representante da classe MX2.

Os jovens Iniciados tiveram em Fernão Joanes a antepenúltima jornada do respectivo Campeonato. Jorge Maricato e Diogo Graça superiorizaram-se à concorrência, e se Maricato ganhou a primeira manga com 19,6s de avanço sobre Graça, na restante corrida inverteram as posições, com Graça a bater o rival por 1m07,7s. Ricardo Freire bisou no 3.º lugar, Gonçalo Gil e Rui Ribeiro alternaram no 4.º posto, enquanto Joana Gonçalves assegurou a 5.ª posição nas duas mangas.

Nesta prova, menção para a ausência de Ivo Fernandes, em convalescença de um joelho lesionado no G.P. de Portugal. Uma vez que esta jornada não era pontuável para a classe Júnior – cujo Campeonato termina na próxima Quinta-feira, dia 23, em Glória do Ribatejo – veremos se Fernandes consegue então estar presente para arrebatar esse título, pois lidera a referida competição.


Campeonato do Mundo de Velocidade

Auspicioso regresso de Miguel Oliveira

Miguel Oliveira teve um auspicioso regresso à caravana do “Mundial” de Velocidade. Após duas jornadas de ausência por lesão, o piloto português conseguiu um bom 8.º lugar no G.P. de Itália, abrindo perspectivas para melhorar o rendimento nas próximas jornadas.

O piloto da Charneca da Caparica usou nesta prova uma protecção, pois está ainda em final de convalescença da fractura sofrida há um mês, no radio do antebraço esquerdo. Durante os treinos confessou sentir dores, nomeadamente nas travagens e mudanças de direcção, mas a situação foi evoluindo favoravelmente. Hoje, após a corrida, Oliveira admitiu que “o braço não me afectou muito. Depois de três dias sobre a moto está recuperando a força e, com os cuidados que tivémos, permitiu-me fazer uma boa corrida. Estamos a trabalhar para que fique a 100% na próxima prova, o G.P. da Alemanha.”

Nos treinos Miguel Oliveira conseguiu o 11.º lugar para a grelha de partida, mas hoje o arranque não lhe saíu bem, começando por aparecer em 18.º. Todavia, após quatro voltas ao circuito de Mugello, o nosso homem já ocupava a 11.ª posição. A meio da corrida fixou-se em 10.º, e na antepenúltima volta subiu mais um lugar. Miguel foi o 9.º a cruzar a meta, mas o piloto que o precedia, Sandro Cortese, recebeu uma penalização de 20 segundos – em consequência o lusitano acabou classificado no 8.º posto.

“Fiz um mau arranque, mas rapidamente consegui recuperar posições, e situar-me no grupo que me tinha superado e com o qual podia lutar,” explicou Miguel Oliveira. “A três voltas do fim ataquei, para evitar ser ultrapassado na recta da meta.”

Miguel Oliveira concluiu a função a 40,1s do vencedor, Nicolas Terol. No Campeonato, surge agora no 13.º lugar, e em condições normais a breve prazo poderá reentrar no “top 10” da tabela classificativa. Esta foi a oitava jornada do “Mundial”, que prossegue de 15 a 17 de Julho com o G.P. da Alemanha.

Campeonato: 1.º Nicolas Terol (Aprilia) 153 pontos; 2.º Joahnn Zarco (Derbi) 114; 3.º Maverick Viñales (Aprilia) 106; 4.º Jonas Folger (Aprilia) 101; 5.º Sandro Cortese (Aprilia) 98; 6.º Efren Vazquez (Derbi) 90; … 13.º Miguel Oliveira (Aprilia) 30; etc.


Campeonato Nacional Open de Quad Cross 

Alqueidão em tempo de grandes despiques

O “Nacional” de Quad-Cross tem no Domingo a sua penúltima jornada na pista mais clássica para esta modalidade, pois Alqueidão recebeu provas em todas as edições do Campeonato. Este ano a visita acontece quando a luta está ao rubro pela coroa de QX Open, assim como nos Troféu Basic e de Iniciados.

Face ao cancelamento da prova de Póvoa do Lanhoso, por motivos de força maior sobejamente conhecidos, a FMP decidiu entretanto que este Campeonato fica circunscrito a quatro jornadas, menos uma do que inicialmente previsto. A data e local dessa prova final serão anunciados a muito breve prazo.

Basta ver a classificação actual da “classe-rainha”, QX Open, para perceber as diferenças mínimas entre os três primeiros. Mas qualquer deles – Ricardo Sousa, Diogo Campos e Jorge Cardoso – têm ainda de descontar um resultado, enquanto João Vale e o campeão em título, Jonathan Gil, retêm integralmente os pontos a conquistar. Logo, a contenda pelo título vai ser intensa e multilateral, em Alqueidão e na prova derradeira.

No Troféu Basic, Guilherme Santos possui alguma vantagem, mas terá de continuar a aplicar-se perante aguerrida concorrência. Nota ainda para o Troféu de Iniciados, pois neste momento existe rigoroso empate entre João Santos e Henrique Alves. Ou seja, grandes confrontos em perspectiva para o Quad-Cross em Alqueidão.

OUTRAS QUE VAI GOSTAR