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Helder Rodrigues: Campeonato do Mundo de Ralis TT

Hélder Rodrigues consolidou a sua posição de comandante no Campeonato do Mundo de Ralis TT, graças ao 3.º lugar alcançado no Rali da Sardenha. Uma prova com características bastante específicas, onde outro português também esteve em bom plano – Ruben Faria, 8.º classificado no final da prova.

Três jornadas do “Mundial” TT, outras tantas presenças no pódio absoluto para Hélder Rodrigues – depois do 2.º lugar no “Desert Challenge” e da vitória na Tunísia, agora obteve o 3.º lugar na Sardenha. Assim quando só falta disputar uma prova nesta competição – o Rali dos Faraós, em Outubro – o piloto lusitano está em posição privilegiada para conseguir a inédita proeza de se sagrar campeão do mundo.

O “Sardegna Rally Race” reuniu 71 concorrentes para uma prova a disputar em cinco etapas, qualquer delas com dois troços cronometrados, à excepção do terceiro dia, este só com um troço mas de maior extensão. Terreno peculiar, dificuldades muito específicas de navegação, e plantel de luxo – até Stephane Peterhansel regressou às motos para mostrar a muito jovens o virtuosismo que o tornou famoso, acabando no 4.º lugar.

Hélder Rodrigues terminou a etapa inaugural no 6.º posto, mas com a sua Yamaha logo na tirada seguinte ascendeu ao 3.º lugar, que manteve até final, atrás dos dois principais favoritos, Marc Coma e Cyril Despres. No conjunto das nove “especiais” Hélder foi variando o posicionamento entre os dez mais rápidos, mas a vantagem amealhada nos dois primeiros dias foi importante para contrabalançar o desempenho em troços mais complicados, como o antepenúltimo, onde perdeu mais tempo por erro de percurso devido a engano numa nota do “road book”.

“Foi uma corrida muito técnica, com navegação difícil,” declarou Hélder Rodrigues no final da prova. “O ‘road-book’ tinha algumas notas difíceis de compreender bem. Mas acabei em 3.º da geral, 2.º da classe, e continuo na frente do Campeonato do Mundo – portanto, o objectivo está cumprido.”

Já Ruben Faria voltou aqui às grandes provas do TT mundial. Aos comandos de KTM 530 iniciou bem a função, ao ser 4.º na etapa de abertura. Porém, nos dois dias seguintes conheceu algumas adversidades que o fizeram baixar para 8.º da “geral”. No longo troço do terceiro dia o algarvio confessou que teve “dificuldades em ler correctamente o ‘road-book’, o que me fez perder muito tempo.”

Na derradeira etapa o piloto de Olhão esteve em evidência, ao ser 3.º na penúltima “especial” e o mais rápido na de encerramento. Ainda assim, em termos globais conservou o 8.º lugar neste Rali da Sardenha 2011.

Classificação: 1.º Marc Coma (KTM) 11h47m36,6s; 2.º Cyril Despres (KTM) a 4.15,8; 3.º Hélder Rodrigues (Yamaha) a 23.54,3; 4.º Stephane Peterhansel (Yamaha) a 26.58,0; 5.º Paolo Ceci (Beta) a 27.22,6; 6.º Jakub Przygonski (KTM) a 31.39,00; 7.º Matteo Graziani (Aprilia) a 34.55,2s; 8.º Ruben Faria (KTM) a 37.05,6; etc.

CAMPEONATO DO MUNDO E NÃO TAÇA

Uma vez mais, diversos orgãos de comunicação voltaram a qualificar – erradamente para as motos – esta competição como Taça do Mundo de Ralis TT. Tal designação é válida para os automóveis, mas no que respeita às motos o estatuto é outro – Campeonato do Mundo FIM de Ralis Todo-Terreno, eis o título oficial que já vigora há uma década para esta competição motociclística.


Luís Carreira abre campeonato a ganhar

Luís Carreira abriu a vencer a nova temporada do MOTOSPORT VODAFONE, pois o actual campeão nacional da “classe-rainha” triunfou nas duas corridas de Superbike hoje disputadas no Autódromo do Estoril.

Esta jornada inaugural da Velocidade lusitana em 2011 proporcionou grande animação, com renhidos despiques pelos lugares cimeiros e diferenças curtas para apurar a maioria dos vencedores.

Na primeira manga de Superbike, José Leite começou na frente, mas logo à segunda volta Luís Carreira ascendeu ao comando, que manteve até final. Na quinta volta José Leite saíu de pista na parabólica interior, sendo ultrapassado por Tiago Dias e Tiago Magalhães. Depois Leite voltou a falhar a travagem na mesma curva, e seria o quarto na linha de meta. Porém, após a corrida, José Leite retirou a sua moto de parque fechado antes do tempo previsto, e como tal foi desclassificado. Aliás, as classificações de Superbike são provisórias, porque estão a ser realizadas verificações técnicas a quatro motos da classe.

À frente, Luís Carreira assegurou o triunfo, enquanto Dias bateu Magalhães no rijo despique pelo 2.º lugar. Depois, Nuno Cachada chegou sozinho, pois o seu adversário na fase inicial da corrida, André Carvalho, teve de ir às boxes devido a problemas de travões e fechou a classificação.

Mais linear foi o desenvolvimento da segunda manga de Superbike. Luís Carreira comandou durante todo o tempo para vencer, mas sempre pressionado de perto por Tiago Dias, como reflecte a diferença final: apenas 4 décimos de segundo. Mais atrás, noutro interessante duelo, Nuno Cachada foi 3.º classificado, após ter desalojado da posição (na oita volta) Tiago Magalhães. André Carvalho andou sempre em 5.º, assim como Fernando Costa no 6.º posto. José Leite desistiu logo na fase inicial da corrida, devido a uma fuga de óleo na sua moto.

Boa afluência de participantes – 24 – teve a corrida de Superstock 600. Durante a primeira metade liderou Marcos Baqueiro, logo seguido por Ruben Nogueira, Tiago Araújo e Nélson Rosa. Entretanto, Araújo passou ao ataque e na décima primeira volta apoderou-se do comando, mantendo a posição para receber primeiro a bandeirada de xadrez, com 1,2s de vantagem sobre o espanhol Baqueiro. Na luta pelo 3.º lugar, 140 milésimos fizeram a diferença entre Ruben Nogueira e Nélson Rosa.

A corrida “Promo Júnior” reuniu 12 participantes nas classes 85 e 125 GP/ Moto 3. Porém, o actual campeão das 85cc, Fábio Lopes, caíu na volta de aquecimento e ficou fora de combate. Houve bravo duelo entre Ivo Lopes e André Pires, a alternarem na liderança, até que Ivo assumiu em definitivo o comando na penúltima volta, para bater o rival apenas por 7 décimos. Luís Martins chamou sempre seu ao 3.º lugar – mas não pontua para o Campeonato, devido ao tipo de moto utilizado – e o espanhol Angel Dominguez também só ocupou o 4.º lugar.

Na 5.ª posição da mesma corrida, e como vencedor da classe 85cc terminou David Ferreira, que bateu por 546 milésimos de segundo Paulo Leite, sendo o 3.º classificado João Marinho. Um dos candidatos aos lugares cimeiros nesta classe, Pedro Nuno Barbosa, desistiu por queda logo à segunda volta.

A grelha de partida do Troféu Promomoto 1000 esteve bem preenchida com 22 pilotos. Fernando Neto rodava na dianteira desde o início, mas na quarta volta atrasou-se devido a uma saída em frente na parabólica interior. Então, Nuno Caetano passou para a frente e escapou à concorrência, vencendo com 11,2s sobre Luís Franco. Este ocupou o 2.º posto durante a maior parte do tempo, em confronto directo com Filipe Carvalho (que chegou a ser 2.º nas 11.ª e 12.ª voltas) e no sprint final Franco bateu o opositor por magros 21 milésimos!

A corrida de Motos Clássicas disputou-se na tarde de Sábado, em piso molhado, com 13 pilotos em acção. Nos primeiros momentos assistiu-se a boa luta entre os pilotos que subiriam ao pódio, mas depressa Hermano Sobral disse adeus à concorrência, fazendo uma cavalgada solitária para vencer destacado, com 1m20s sobre António Machado, enquanto este se impôs ao espanhol Javier Aguado por 5,4s.

Após esta ronda de abertura no Autódromo do Estoril, o MOTOSPORT VODAFONE – constituído por sete jornadas – tem o próximo compromisso marcado para os dias 2 e 3 de Julho, no Circuito Vasco Sameiro, em Braga.

OUTRAS QUE VAI GOSTAR