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João Lagos faz balanço positivo do Portugal Open

João Lagos fez um “balanço muito positivo” da 24ª edição do Portugal Open, que ontem terminou com a vitória do suíço Stanislas Wawrinka. Confessando que receava uma recepção do público mais negativa em função da crise, o diretor do Portugal Open congratulou-se com aquela que foi a melhor quarta-feira de sempre em termos de público (foi também o quarto melhor dia de sempre na história do torneio) e mostrou-se satisfeito pela assistência global: 40323 pessoas estiveram no Jamor ao longo da semana.

“Reduzimos em muita coisa, mas ninguém notou nada e em termos de organização não baixámos a qualidade. O nosso orçamento baixou em 30 por cento”, confessou Lagos, deixando no ar a pergunta: “O Portugal Open é seguramente um dos maiores eventos desportivos e digam-me qual é o outro acontecimento desportivo que tem tanta audiência?”. Para já, os números conhecidos da transmissão televisiva através dos canais da Eurosport dão conta de uma audiência fora da Europa de 97 milhões e 500 mil lares e de 384 milhões na Europa.

“São cerca de 400 milhões de lares. Se fizermos a conta a duas pessoas por lar aproximamo-nos dos 1000 milhões de pessoas. São números impressionantes”, ressalvou o Presidente do Conselho de Administração da Lagos Sports“Até receava o pior em função de uma crise financeira que afecta toda a gente e que leva as pessoas a pensar duas vezes antes de vir ao Jamor. São os litros de combustível, as portagens, uma série de custos que dão que pensar”, concluiu.

Ao lado de Paulo Vistas, vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, João Lagos admitiu que “o Open já viveu épocas mais sólidas do ponto de vista económico” mas realçou que “depois de se ter feito esta edição, mais difícil é impossível”“Para o ano celebramos as Bodas de Prata e penso que depois desta demonstração havemos de conseguir com que o Open seja definitivamente imortal”, declarou Lagos, deixando ainda um comentário à final masculina: “Previa e temia o que se poderia passar e o Wawrinha ganhou bem, mas ele já durante a semana tinha demonstrado estar a um grande nível, capaz de ganhar a qualquer jogador do top-10 mundial. Se a final fosse discutida num terceiro set, talvez fosse diferente.”

Já Paulo Vistas não deixou de congratular a organização do Portugal Open e deixou algumas críticas ao Governo: “A relação entre a João Lagos Sports e a C.M de Oeiras existe desde o início do Open, em 1990. Fui testemunha das dificuldades que a organização teve para montar esta edição e também da forma distante com que o Governo tratou o evento. Espero que o Governo tenha disponibilidade e capacidade para decidir, o pior que pode haver é um “nim”. O budget foi 30% inferior mas a qualidade do torneio nem de perto esteve 30% abaixo. Conseguiu-se fazer muito com muito pouco”, assinalou.

Para terminar, João Lagos ressalvou ainda que muitos duvidavam que o Portugal Open se realizasse este ano e relembrou: “Quando tive aquela notícia da desistência do Del Potro, a 24 horas do início do torneio, foi um verdadeiro balde de água fria. Nessa altura, houve logo quem atacasse. Quando consegui que, em vez do nº7 mundial, viesse o nº4, aí dá-me ideia que foi o golpe final nos Velhos do Restelo”.

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